domingo, 31 de agosto de 2014

TOM'S vitoriosa em Suzuka e ARTA é superada na GT300 pela LM corsa

Kazuki Nakajima e James Rossiter, com segurança, conseguiram administrar a pole position do início ao fim a prova de 1000 km em Suzuka. Com um bom aproveitamento e 5 stints durante a corrida, o #36 PETRONAS TOM'S RC F se saiu vitorioso na GT500 e acaba que por conquistar pontos importantíssimos no campeonato.

A 43th edição dos 1000 km de Suzuka também teve como felizardos o pessoal da NISMO, que com o #23 MOTUL AUTECH GT-R pilotado por Tsugio Matsuda/Ronnie Quintarelli, conseguiram superar o #17 KEIHIN NSX CONCEPT-GT (que na corrida foi severamente danificado através de uma rodada na curva 130R) e com 50 segundos de diferença chegaram na segunda colocação – feito resultando na liderança do campeonato, com 60 pontos nos pilotos e 75 nas equipes. 
Com as dificuldades enfrentada nesta etapa, J.P. Oliveira vê sua chance de ser campeão
pela primeira vez na SUPER GT ficar distante
Durante a corrida, o #12 CALSONIC IMPUL GT-R, que na ocasião era guiado pelo João Paulo de Oliveira, acabou se envolvendo em um toque que resultou na rodada do #32 Epson NSX e, consequentemente, do #19 WedsSport ADVAN RC F. Foi punido com um stop and go que acabou prejudicando inteiramente sua corrida, fora seus problemas com o motor. A IMPUL de Kazuyoshi Hoshino teve o carro terminado em 10th e ao menos salvou dois pontinhos, visto que a corrida têm a pontuação completamente dobrada.
Na GT300, uma intensa batalha foi protagonizada pelo primeiro lugar entre o #55 ARTA CR-Z GT e a #60 TWS LM corsa Z4, boa parte no mesmo nível de estratégia. E quem acabou se saindo vitorioso foi a BMW. A propósito, Augusto Farfus acabou bastante felizardo na corrida, também, ao terminar em terceiro ao lado dos companheiros Jörg Müller e Seiji Ara, na #7 Studie Z4. Ótimo resultado da BMW no circuito hondista – 1st, 3rd e 5th, a última com a #4 Hatsune Miku Z4. Uma das SLS GT3 da GAINER acabou em quarto lugar. O CR-Z GT mencionado acabou se dando mal na corrida e quando tentou voltar para a corrida, já era tarde. Foi superado, inclusive, pelo outro CR-Z GT, da MUGEN – terminado na oitava colocação. Não foi uma boa corrida para a Honda na GT300.
James Rossiter e Kazuki Nakajima, invictos na GT500
"N.O.B." Taniguchi e seu colega Tatsuya Kataoka ainda lideram o ranking de pilotos com 56 pontos, mas a dupla da GAINER Bjorn Wirdheim/Katsuyuki Hiranaka estão em segundo com 54. Os dois são os principais candidatos ao título nesta classe, mas podem ser desbancados pela Studie Z4 de Jörg/Seiji Ara. O bom resultado de Augusto Farfus ao guiar esta BMW o coloca no ranking em 17th.


Como o blog completa amanhã (01/09) quatro meses de existência, tentarei trazer a história dos 1000 km de Suzuka, uma das maiores provas de endurances do mundo. Acompanhe!

sábado, 30 de agosto de 2014

TOM'S e ARTA abocanham a pole position de suas classes para os 1000km de Suzuka

Em clima completamente seco e ensolarado, o qualifying dos 1000km de Suzuka foi realizado por volta das 1h45 da madrugada (horário brasileiro) e, dentro da "chuva" de recordes, os autores da pole position acabaram sendo do #36 PETRONAS TOM'S RC F e do #55 ARTA CR-Z GT.

Durante os treinos livres, houve um grotesco acidente que acabou tirando o #32 Epson NSX CONCEPT-GT da jogada, resultando em uma bandeira vermelha. Na volta, o melhor qualificado acabou sendo o carro oficial da NISMO, o #23 MOTUL AUTECH GT-R. Ronnie Quintarelli desceu a lenha e obteve um respeitável 1'49.234. Tempo que até então não foi batido, por enquanto. O segundo colocado ficou à 648 milésimos, o #8 ARTA NSX CONCEPT-GT e o terceiro, o #17 KEIHIN NSX CONCEPT-GT, ficou à 682. Na GT300, o treino foi completamente dominado pelo campeão do ano passado, o #0 MUGEN CR-Z GT, aproximadamente 1 segundo abaixo da concorrência. A Studie, que tem presença de Augusto Farfus nessa corrida, conseguiu o segundo lugar, cortesia de Seiji Ara. O único BRZ da classe fechou o top 3.
Excluindo os feitos do Q1, no Q2, denominada também de "Super Lap", a disputa pela melhor posição foi mais acirrada em ambas as classes: todos os três melhores colocados conseguiram a classificação na casa dos 1'48. O maior rival dos GT-R, o RC F, acabou se saindo melhor nessa e foi o autor do melhor tempo que o coloca na primeira posição da GT500. Atrás dele vêm o #17 KEIHIN NSX, se mantendo neutro e em excelente performance, seguido então pelo melhor carro dos treinos livres, o #23 MOTUL GT-R. No Q1, o #46 S Road MOLA GT-R conseguiu impressionantes 1'48.629, mas acabou se classificando em quarto, no Q2, com 1'49.353.

A IMPUL ainda resiste a "gordura" que carrega. O carro mais pesado da GT500 conseguiu se classificar em quinto (atrás do ARTA NSX), com o mesmo tempo obtido no Q1: 1'49.433. A equipe tem a missão de voltar ao topo da classificação e tentar uma briga acirrada pelo título.
A Honda acabou dominando também o Q1 e Q2, onde o melhor classificado acabou sendo o Honda CR-Z GT da ARTA. A dupla Shinji Takagi/Takashi Kobayashi acabou não só fazendo a pole, como também bateu o recorde de um GT300 no circuito de Suzuka. São dois feitos que podem ser muito bem comemorados.

Por falar em recorde, o top 3 da GT300 se classificou abaixo se classificou respectivamente abaixo da casa dos 2 minutos de pista. Há pouco tempo atrás, com a configuração anterior, isso não era possível. Quem chega atrás do ARTA são seu irmão #0 MUGEN CR-Z GT e o #31 OGT PRIUS, seu maior rival. Top 3 hibrido na classe, portanto.

A corrida está programada para acontecer por volta das 1h00 da madrugada do horário brasileiro. A SUPER GT BRASIL ira acompanhar a corrida e trara um report digno para os apaixonados da categoria e do automobilismo japonês. Nos vemos lá! 

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

DOME apresenta o novo Toyota 86 e o Fórmula 4 F110

A DOME acaba de apresentar em uma conferência organizada pela GT-Association o seus novos veículos para o programa 2015 de SUPER GT e Fórmula 4.
O novo GT da DOME trata-se de um projeto completamente diferente do que vem sendo visto. O Toyota 86 GT (originalmente chamado de M101-86) passará a ser o primeiro carro dentro do novo regulamento da GT300, que foi construído diretamente sob o chassi original do carro de rua, uma proposta inovadora para combater a concorrência dos FIA-GT3, que estão cada vez mais tirando de cena os tradicionais "JAF-GT" da segunda classe do maior campeonato de turismo da Ásia.

O carro, apesar de ser montado sob o chassi original de rua, foi completamente revestido em fibra de carbono e formas que atendem ao regulamento da categoria em que se encaixa. Foi confirmado que o carro será equipado por um V8 de 4.5 litros naturalmente aspirado com um disco triplo de embreagem acoplado a uma caixa de transmissão paddle-shift avaliada em seis velocidades. Segundo a DOME, o carro passará a ter o mesmo custo de desenvolvimento de um FIA-GT3, visto que os modelos anteriores do JAF-GT são muito mais custeáveis. A previsão é que o carro faça sua estreia no SUPER GT em 2015, mas seu desenvolvimento poderá começar no fim desse ano.
Ao mesmo tempo, também fora apresentado o novíssimo DOME F110, o novo carro da FIA Formula 4. O novo chassi, destinado a categoria de jovens pilotos, é revestido em fibra de carbono e possui características comparáveis a de um F3. O motor será um 4 em linha de 2 litros naturalmente aspirado da TOM'S, que pode chegar aos 150hp sem muito esforço.

Foi divulgado também que a FIA F4 pode ser uma categoria de apoio da SUPER GT no próximo ano, fora uma possibilidade do pequeno campeonato passar a ser regional.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Augusto Farfus confirmado nos 1000km de Suzuka

O brasileiro Augusto Farfus, vice campeão do DTM ano passado e experiente piloto brasileiro de fabrica da BMW, foi escalado pela Studie para competir nos 1000km de Suzuka, próxima etapa da SUPER GT.

Ele guiará uma das três BMW Z4 GT3 representantes da GT300. Mais precisamente, a #7, no qual pilotam a tempo inteiro no campeonato Jörg Müller e Seiji Ara. Será a primeira corrida de Farfus no circuito original de Suzuka, que terá ele e João Paulo de Oliveira como representantes do Brasil.

Farfus irá disputar sua terceira endurance no ano: o curitibano competiu nas 24 Horas de Nürburgring e Spa. Seu principal objetivo é tentar uma vitória logo de cara. O piloto já esteve em Suzuka e traz boas recordações, mas competiu apenas no kartódromo, ainda na época de início de carreira.
"Estou muito feliz por voltar ao Japão, um país fantástico, e por ter a chance de fazer minha estreia nos 1000 km de Suzuka, que é um circuito maravilhoso e dos mais tradicionais do automobilismo, com um traçado muito técnico e desafiador. Tenho grandes lembranças de Suzuka graças ao segundo lugar no Mundial de Kart em 1999. Temos um conjunto muito forte e um carro competitivo, além de ser novamente um prazer correr em parceria com o Jörg Müller, e agora também com o Seiji Ara. Seria fantástico estrear nesta prova com vitória, que é nosso objetivo. No fim das contas, nossa expectativa é muito boa, e espero poder ajudar a equipe. Não vejo a hora de poder chegar lá e acelerar."

Fonte do texto: Grande Prêmio

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Lotterer na Fórmula 1? Andrea Caldarelli assumirá seu lugar na próxima corrida da SUPER FORMULA

Lotterer (direita) conversa com Richard Lyons e James Rossiter durante as pleliminares da
quinta rodada da SUPER GT em Fuji.
André Lotterer, segundo lugar pela TOM'S no principal campeonato de monopostos do Japão, será substituído por Andrea Caldarelli na próxima corrida da temporada, em Twin Ring Motegi. Caldarelli, líder da SUPER GT com Daisuke Ito pela GT500, preencherá o lugar deixado por Lotterer supostamente graças a um vinculo de uma possibilidade do alemão assumir um cockpit pela Caterham, na Fórmula 1.

O alemão, campeão de Le Mans por três vezes nos últimos anos, campeão também da SUPER GT em 2006 e 2009 e da própria SUPER FORMULA em 2011, foi cogitado para assumir o lugar do japonês Kamui Kobayashi a partir da próxima corrida, em Spa-Francorchamps. No entanto, segundo informações via Twitter, Koba-san garantiu que irá correr, mas nada que impeça de Lotterer andar nos treinos livres.

Lotterer já esteve envolvido na Fórmula 1 há uma década atrás quando foi oficialmente piloto de testes da Jaguar, mas nunca correu uma corrida na categoria máxima do automobilismo. Seria essa uma chance do alemão, renomado no Japão e no endurance, conseguir uma vaga, aos 32 anos, pela nanica Caterham? Há muitas possibilidades e saberemos nos próximos dias. A possibilidade de Lotterer na categoria também levantam questões sobre o destino de Kamui Kobayashi – coincidentemente os dois estavam in loco na corrida da SUPER GT em Fuji, no dia 10 de agosto passado.

Lotterer na F-1, Koba na SGT... Será?


ATUALIZAÇÃO: Kamui Kobayashi está fora da corrida em Spa-Francorchamps e será mesmo substituído por Andre Lotterer. Segundo a Caterham, Koba-san ainda faz parte da equipe, mas como se não bastasse, há riscos de que o japonês tenha dado o "sayonara" definitivo da categoria como piloto esse ano e esteja embarcando nas terras tupiniquins (ou seja... SUPER GT e/ou SUPER FORMULA! Ou mesmo, até de volta ao WEC). Lotterer, substituindo o Koba-san, vai estrear na categoria pela Caterham aos 32 anos de idade neste domingo. Aguardemos os próximos capítulos...

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

RESUMÃO – A minha super temporada na SUPER GTS, o campeonato online baseado na SUPER GT

Alguns dos leitores podem não saber, mas além de manter este blog a serviço do esporte a motor nipônico, mantenho também um grupo de automobilismo virtual, a GRAN TURISMO STAGE. Inclusive, está na hoste como parceira daqui da SUPER GT BRASIL. Há pouco mais de uma semana, lá no grupo, foi encerrado o SUPER GTS, como se não bastasse, o campeonato online baseado na nossa querida SUPER GT real. Irei resumir meu desempenho neste campeonato, que também foi inteiramente organizado por mim.

Jogo Gran Turismo desde 1998 (ou 1999, eu não lembro exatamente) e sobrevivi até aqui, passando por cada jogo em série da franquia e cair de paraquedas no automobilismo virtual em meados de 2011, no GT5. Antes disso, nunca pratiquei a modalidade. Seria o início de uma grande jornada de diversão e assiduidade como piloto virtual. Em números, não lembro de quantos campeonatos participei, mas foram muitos. Como organizador (e piloto), fiz ao menos três eventos isolados e dois campeonatos, sempre dependentes do modo online e, todos pela GTS.
Programei o SUPER GTS mais ou menos no fim do ano passado para realizá-lo nos primeiros meses de 2014, pelo Gran Turismo 6. O projeto em si não tinha muitos segredos: foi tudo baseado na SUPER GT, desde o modo de campeonato, classificação, pistas, carros selecionados e até equipes – ao menos a minha (baseada na ARTA). Um verdadeiro livro de regras perfeito para o grupo. Admito eu que pintou um pouco de "patriotada", pelo fato de ser um dos meus campeonatos favoritos. Por minha parte, já estava sendo necessário fazer algo no grupo baseado nisso.

Por causa de uma incompetência deixada pelos programadores da Polyphony Digital, tive que atrasar o lançamento do campeonato e, em partes, seu desenvolvimento – com falhas, inclusive. Tendo a primeira etapa (chamado oficialmente de Round1) sendo realizada apenas no dia 31 de maio. Um atraso de quase dois, três meses, mas não podia reclamar mais. Foi uma falha da programação do game que causou esse atraso.

Equipe semi-pronta. Entusiasmado com o campeonato, fui direto na GT500, de longe a minha classe favorita. Caí em cima do carro mais novo da lista, o HSV-010 e preparei-o para que correspondesse minhas expectativas, porque previ que fosse o favorito de muita gente "boa de braço". "Esse carro, nas mãos de quem entende, vira um foguete." Faltava definir quem seria o piloto escalado para a classe GT300 até que decidi continuar fornecendo parcerias com meu já companheiro desde o ano passado na NAG-R, Júlio Molchan. Equipe pronta. A cor escolhida para o meu carro, a principio, foi o rosa.
A minha caranga, o #3 NAG-R HSV-010
No pre-season em Silverstone, fui nocauteado por duas concorrências: um outro HSV e um SC430. Fui perguntado se estava escondendo o jogo, visto que não sou acostumado a ficar pra trás (sem achismos), mas realmente, não conseguir fazer nada além de modestos 1'54.036, contra os 1'53.x que sequencialmente viraram... Preocupação à vista.

Na semana da primeira corrida do campeonato, em Autumn Ring, resolvi trabalhar duro no carro. Por haver pouca concorrência nos treinos livres, não sabia se estava sendo mais rápido ou mais lento. No fim, apesar de ter feito alguns setups, recorri ao meu companheiro Júlio, que possui um ótimo toque de acerto em alguns carros, e avisei que estaria usando seu acerto compartilhado durante os testes até que eu encontrasse algo melhor das minhas próprias mãos. Não deu tempo e resolvi treinar (e correr) com o setup de RX-7 no meu carro. Foi uma ótima estreia acompanhada de vitória, apesar de ninguém ter incrustado o primeiro lugar comigo em nenhum momento da corrida. 30kg adicionais para a próxima!

Não podia reclamar tanto pelo fato de ter estreado com vitória, já conquistando o meu lugar no ranking, logo, restou-me a continuar trabalhando no carro pra corrida seguinte, em Fuji. Mudei algumas coisas no carro em relação a configuração usada em Autumn Ring. Não lembro do que saiu no fim, mas o acerto não ficou bom e isso acabou com as minhas expectativas de vitória sequencial. Cheguei a botar culpa no lastro... Pode ter sido ele mesmo, mas não sei exatamente. Algo a mais no setup estava estranho. Apesar de largar em sexto (por não ter comparecido ao qualifying) e ter terminado em segundo em favor dos erros da concorrência, foi uma das minhas piores performances desde o famoso "THE SIX" em Suzuka, uma das etapas memoráveis do Gr.AGTRC, e da minha pífia participação no SpeedWagon Challenge 2 em Laguna Seca. Meu companheiro de equipe, Júlio, para esta corrida em diante mudou de um barulhento RX-7 para um modesto carrinho de motor em posição central: o Garaiya – opção minha, inclusive, se fosse eu o driver da GT300.
O meu #3 NAG-R HSV-010 em Le Mans, pouco depois do amanhecer
Continuei a liderar o ranking. No entanto, por causa da punição que levei por ter traçado do start line a uma posição a frente (por culpa do ritmo acelerado dos primeiros colocados, que estavam se distanciando demasiadamente), cortaram 2 pontos de mim. Era sinal de preocupação, pois, isso acabou me colocando em empate com Junior Tavares, o famoso "JR", vencedor desta etapa (ele também foi punido, mas de outra forma). Era hora de olhar pra frente e se preparar para a corrida mais importante da temporada: o GTS All Stars III, válido para o Round3 do SUPER GTS, em Le Mans.

Pouco treinei e mudei algo no carro. Ressalvo a configuração aerodinâmica para a pista, que deixei bastante negativa, o que não sou acostumado a fazer em nenhum local. Como o nível demonstrado pela concorrência no Fuji Speedway superou minhas expectativas, estaria satisfeito com um pódio. Foi um fim de semana bem agitado: atrasos, falhas, cancelamentos... Ao menos adquiri o terceiro melhor tempo, segundo no starting grid, porque, de forma incomum, o pole position não largou na corrida por problemas de entrosamento.

Já na primeira parte, fui protagonista de um erro pobre, que me fez despencar pra – se não me engano – penúltima colocação na minha classe. Mas, nada que uma boa perseguição resolvesse me colocar no top 3 de novo. Foi uma das corridas com mais trocas de posições na primeira parte. Algo incomum se parar pra pensar, porque alguns concorrentes ainda não são providos de habilidade e são, em sua maioria, superado por seus próprios carros. Mas, cada um teve certa chance de fazer uma briga boa pelas primeiras colocações. É meu momento favorito da corrida.

Pela volta 7, começou a chover, e a estratégia acabou sendo crucial. Fui para os boxes por último, achando que ganharia vantagem por um tempo de slick. Belo engano, e fui ultrapassado rapidamente por Otto Wilson, de GT-R, quando fui fazer meu stint. Mas não durou por muito tempo, pois ele acabou caindo e entregou na minha mão a primeira colocação. 
ÓÓÓÓ o spray!!!
Não era hora de comemorar ainda, eu tinha que correr o máximo para que JR e Gabriel não me buscasse. Por pura sorte e acerto de estratégia, acabei ganhando essa e escrevi meu nome na lista dos winners por ser o segundo felizardo da história a vencer um GTS All Stars, a série de endurances isoladas mais importante da GTS. De quebra, esta etapa válida dentro do SUPER GTS nos rendeu uma pontuação dobrada. Felicidade total: líder com 36 pontos, contra os 28 de JR. Júlio não correu aqui. Tive que recorrer ao membro reserva da NAG-R, Alexandre Sombra, que só fez a classificatória, me recorrendo a chamar outro substituto: Julio Morosky. Como ele não havia lido o regulamento, utilizou turbo no carro, o que era proibido. Ele não foi desclassificado, mas por esse fato, a minha equipe acabou perdendo o posto de líder do campeonato pra FURLAN PERFORMANCE RACING e despencou numa diferença de 10 pontos para os "militares".

Mesmo com a vitória abençoada em Le Mans, estava descrente com o que pude fazer em Suzuka. O meu carro era o mais pesado do campeonato por enquanto e tive que por a mão na massa pra ver se rendia ao menos um pódio, pois a concorrência para a quarta rodada era alarmante. Uma disputa acirradíssima no qualifying me deixou na modesta quinta colocação. Larguei em quarto na corrida por causa de uma baixa, coisa similar o que aconteceu em Le Mans. E rapidamente, Otto Wilson, que era um dos favoritos, teve um abandono pra lá de prematuro e deixou na mão a corrida pros HSV. Claro, o meu ficou pra trás e a corrida foi decidida no tapa entre JR e Gabriel.

Apesar de ter tido um dia bastante agitado, não tive ânimo pra descansar. Isso acabou comprometendo meu desempenho na corrida, que já era ruim pelo alto peso do meu carro, protagonizei vááárias escapas de pista, sempre acompanhadas por despercebíveis olhos fechados despencados para uma soneca. Sem falar na sensação de tontura, sentida em vários momentos da corrida. Fiquei mais feliz pelo fato de ter terminado a corrida do que pela posição final. Não tente dormir pouco no dia anterior!

A próxima era Apricot Hill, um circuito de volta as suas origens (e perfeito para o campeonato). Possui alguns elementos similares ao de Suzuka, como o hairpin, esses, e a chicane, que simula o Casio Triangle do circuito nipônico. Para esta corrida, fui contatado especialmente pelo meu companheiro na ajuda do desenvolvimento do acerto do meu Honda HSV-010. Testamos o carro e adquiri o acerto para testes particulares. No entanto, acabei por modificá-lo inteiramente (a exceção dos freios) por não corresponder minhas expectativas. Deu certo, e acabei virando quase dois segundos mais baixo, mas não menos que o incansável JR, o "best lap man" do campeonato.
NAG-R machines
Compensei o desempenho maluco que tive em Suzuka e fiz uma boa corrida em Apricot. Uma ótima batalha contra o Honda HSV de JR até o fim da corrida, que terminou comigo vitorioso. Ainda sou líder no campeonato, com 52 pontos.

Para Spa, nada mudei além da aerodinâmica e um pequeno update na suspensão simplesmente por se tratar de um circuito médio. O meu maior problema aqui seria os GT-R, especialmente o de Otto, que demonstra força em circuitos de alta e medianos. Desde Le Mans, nunca houve tanta batalha pelo primeiro lugar entre os quatro favoritos. Gabriel saiu em vantagem do erro de JR, logo após errar novamente. Lidero e sou ultrapassado pelo GT-R preto da F&C TOTALSPORT RACING com consistência. E ainda me aparece o JR inquieto. Essa batalha, centralizada entre nós três, se estendeu até depois da troca de pneus. E protagonizamos um dos momentos mais inusitados do campeonato: JR, prestes a vencer pela segunda vez, esquece de um fator importantíssimo para continuar batalhando com segurança, a gasolina – que faltou para ele no último setor da última volta, despencando pra terceiro lugar e entregando a vitória nas mãos de Otto Wilson e eu. Quem sairia vencedor?

Pois bem. Nos metros finais, na última curva, numa espécie de "drag 100m", tracionou melhor o GT-R e acabei de ser um dos responsáveis de uma das maiores façanhas já feitas em corridas online. 457 milésimos me separaram do GT-R de Otto depois de uma corrida de quase 1 hora. Grande parte dos pilotos consideram Suzuka a melhor das corridas, mas minha opinião fica dividida entre ela e Spa. Corrida sensacional que tive orgulho de participar!
As chances de ser campeão já estavam nas mãos, mas não podia comemorar até que fosse realizado a sétima e última corrida da temporada 2014 da SUPER GTS. O título se aproximou ainda mais quando JR confirmou que não iria correr na corrida em Motegi. Só bastava eu terminar a corrida para que fosse declarado campeão da GT500.

E foi o que aconteceu. Tive uma boa batalha pelo primeiro lugar com o Gabriel Vieira, mas não foi o suficiente para me superar e acabei terminando com uma diferença de 15 segundos do segundo lugar. E é porque fiz duas paradas – único a fazer isso durante a corrida. Campeão da GT500 com exatos 70 pontos.

Depois disso, teve o ROAD FOR DAYTONA, mas que não considero na minha programação como piloto, porque sequer participei da corrida e ela não valia nada pro campeonato, já terminado e com meu nome feito na GTS. Já fui campeão no grupo, mas, atentando aos fatos, nunca acompanhado de vitórias. Então, estou mais que feliz e orgulhoso por ter sido campeão do meu próprio campeonato.
Campeões parabenizando campeões
Apesar da minha tamanha felicidade com o título, dentro da minha própria equipe, entre a sexta e sétima etapa houve uma desavença pessoal entre mim e o meu companheiro, Júlio, que me acusou (in)diretamente da má formulação das especificações dos carros da GT300 em algumas corridas – o que, na verdade, é um erro absolutamente reconhecido por mim, mas também fui desconsiderado por ter tido no campeonato um carro nas palavras do próprio, "desregulado", simplesmente por ter sido piloto de um chassi vencedor de seis das sete corridas válidas e "por ter ganhado título no colo", sendo que não tive culpa sequer dos incidentes e abandonos causados pela concorrência. Um outro fato que posso muito bem desmentir é de que "fui campeão com setup compartilhado". Não nego que usei o setup do meu companheiro na primeira corrida (você leu isso lá em cima), mas depois disso, incluindo a parceria bem trabalhada em Apricot Hill, os acertos foram todos configurados por mim e por esse fato eu não vejo motivos pela desavença. Sequer fui parabenizado. Mas pra ser sincero, a culpa é minha: eu deveria ter pensado bem em tê-lo chamado para correr no campeonato, simplesmente por se tratar de uma pessoa que já não crê mais no jogo, na franquia e não vê graça alguma em campeonatos online. Esse e outros fatos foram o suficientes para desligá-lo da NAG-R, que por enquanto segue em busca de um (se não vários) pilotos para compor o time que pretende se expandir nas próximas competições da GTS, sejam quais for, daqui pra frente.

Uma dica pros futuros donos de equipes virtuais: jamais chame alguém para sua equipe por obrigação ou mesmo amizade. E se for chamado pra alguma equipe, não se sinta obrigado a nada, mas também não participe de algo que não quer realmente, seja qual for o motivo.
Podem muitos considerar esse mais um campeonato online, mas acredito que tenha sido algo mais. Algo especial para os membros da GRAN TURISMO STAGE, meu principal desejo desde o principio. Estou muito grato por ter organizado-o e o que mais quero é aprimorá-lo na próxima temporada, sem descrença alguma.

Obrigado a todos pela leitura. Se você chegou até aqui, posso dizer que você é muito, mas MUITO paciente, e você vai longe! Meus pêsames a quem não conseguiu nada além de vir apenas para verificar as fotos.

Você pode conferir a galeria das etapas aqui e o review de cada uma no site oficial da GTS.

domingo, 10 de agosto de 2014

Caos em Fuji entrega vitória ao Honda NSX e Subaru BRZ na quinta etapa da SUPER GT

Depois de uma corrida imensamente mediada pela chuva, com uma demorada bandeira vermelha na primeira parte e um incansável safety car de prontidão, sempre disposto a entrar quando caía o dilúvio (supostamente causado em partes pelo tufão "halong", que se aproximou do Japão neste fim de semana), terminou vitorioso, na GT500, um Honda NSX: o #18 Weider Modulo NSX CONCEPT-GT da DOME levou a melhor, largando na sexta posição, Naoki Yamamoto buscou de "cabo a rabo" cada um dos cinco primeiros colocados e não ousou em sair da primeira colocação e entregar o carro à Frederic Makowiecki, este de volta ao campeonato, substituindo o indyanista J.K. Vernay. Apesar de ter quadriculado com o safety car na pista, foi uma performance invejável do híbrido da GT500, fadado a baixas nas três primeiras corridas do ano.
O "mito" Kamui Kobayashi estava presente na corrida apoiando o TeamUKYO
Além de Kamui Kobayashi, quem estava presente pra acompanhar a corrida
era André Lotterer
Na classificação final, o #18 Weider NSX foi seguido pelo #23 MOTUL AUTECH GT-R, do aniversariante Ronnie Quintarelli e do japonês Tsugio Matsuda, o melhor dos GT-R. Em terceiro, uma surpresa: outro NSX, mas nada mais nada menos que o de Satoru Nakajima – o team director da NAKAJIMA RACING finalmente viu seu carro nas primeiras colocações, melhor ainda: no pódio! O #32 Epson NSX CONCEPT-GT, de Daisuke Nakajima/Bertrand Baguette, largando na 11ª colocação, se encontrou na terceira colocação, depois de uma boa estratégia após a parada e de um nocaute nos donos da casa: os Lexus RC F. Por falar neles, o melhor colocado na corrida foi o #36 PETRONAS TOM'S RC F do outro filho de Satoru: Kazuki Nakajima, e do seu companheiro James Rossiter, mesmo levando um drivethrough penalty pela alta velocidade enquanto o safety entrou na pista.

Foi a corrida dos NSX, apesar do pole position, o #17 KEIHIN, despencar aos poucos e terminar na quarta colocação. O azulão da REAL RACING foi protagonista, junto ao #8 ARTA e #100 RAYBRIG, de uma ótima batalha pelo terceiro lugar, antes que outro NSX acabasse tomando esta terceira posição.
O brasileiro João Paulo de Oliveira e seu companheiro Hironobu Yasuda fizeram o que pôde, chegaram a encrustar a primeira colocação por um tempo, antes que parassem para troca. Mas o alto peso do carro fez com que cada vez mais o azulão da IMPUL despencasse até que fixou-se na oitava colocação – nada mal para eles, pois seu grande rival na classificação (ainda líder do ranking), o #37 KeePer TOM'S RC F, terminou na nona. A turma de Kazuyoshi Hoshino pode não ter feito a corrida que queria, mas os dois conquistaram pontos importantes que podem definir o campeonato daqui em diante.
Já na GT300, nada surpreso na primeira colocação: deu #61 SUBARU BRZ R&D SPORT, que sequer deu chance para os concorrentes, mesmo após a bandeira vermelha e as intervenções do safety car. Ressalve o que acontecerá atrás: as duas SLS da GAINER protagonizaram um dos momentos mais legais da GT300 nesta corrida em Fuji, em uma briga acirrada pelo top 5. Das duas, quem terminou bem no fim, foi a #10 de Katsuyuki Hiranaka e Bjorn Wirdheim, em segundo. Surpresa também na terceira colocação final: mais uma vez, deu Lamborghini Gallardo no pódio da GT300. A turma da JLOC comemora o feito de Shinya Hosokawa e Koji Yamanishi, com a #86 CrystalCroco, beneficiado pela chuva e pelos erros dos concorrentes.
O PRIUS GT da apr foi nocauteado em sua própria casa pelo BRZ, mas ao menos conseguiu terminar na sexta colocação. Apesar da festa da Honda na GT500, deu tudo errado na GT300: um erro de estratégia no fim da corrida (quando algumas equipes optaram por por slicks em seus carros, mal sabendo que a chuva voltaria pouco depois) acabou prejudicando a corrida do Honda CR-Z GT da ARTA. O #55 vinha de forma saudável – se não me engano – na quarta colocação. O #0 da MUGEN também foi prejudicado e os dois terminaram próximo das últimas colocações.
A próxima corrida são os famosos 1000km de Suzuka, disputado no fim deste mês. Oliveira e Yasuda seguem na segunda colocação do ranking de pilotos com 47 pontos. Seus rivais Andrea Caldarelli e Daisuke Ito estão na frente com 51. E os dois precisam tomar cuidado com Matsuda e Quintarelli, que depois da vitória em Autopolis e deste segundo lugar em Fuji, estão em terceiro com 42.

Na GT300, Hiranaka e Wirdheim, depois desta corrida, saltam para a primeira colocação com 52 pontos. A turma da Hatsune Miku Z4 despenca pra segundo lugar com 48 e, com a vitória do SUBARU BRZ nesta corrida, a dupla Kota Sasaki e Takuto Iguchi vão pra terceiro com 35.

RESULTADO DA GT500
RESULTADO DA GT300
RANKING DA GT500 (PILOTOS)
RANKING DA GT300 (PILOTOS)

RANKING DAS EQUIPES (GT500)
RANKING DAS EQUIPES (GT300)

sábado, 9 de agosto de 2014

A quinta rodada é a vez do NSX: #17 KEIHIN é o autor da pole em Fuji

Na segunda visita do campeonato ao Fuji Speedway, o Honda NSX-GT teve mais uma vez um dia de glória. O carro já mais rápido desde os treinos livres (representado pelo #18 Weider Modulo), agora é o mais rápido da classificatória, com o #17 KEIHIN NSX CONCEPT-GT.

Sendo realizado após os treinos classificatórios da GT300, a GT500 teve sua primeira vez em clima seco. Os primeiros 10 minutos foram o suficiente para definir os melhores classificados, terminando com um dos carros da casa, o #39 DENSO KOBELCO RC F com o melhor tempo, obtido pelo Oliver Jarvis.

Por pura coencidência, a chuva resolveu aparecer no mesmo instante que era iniciado o Q2 da classe, o que comprometeu toda a expectativa de abaixar o tempo do #39 RC F. Quem começou na frente foi o GT-R oficial da NISMO, o #23 MOTUL AUTECH GT-R, segundo melhor no Q1, por enquanto o melhor no Q2, até chegar o #18 Weider Modulo NSX CONCEPT-GT e marcar respectiveis 1'38.723 sob as precárias condições do circuito. Como se não bastasse, a chuva intensificou ainda mais, mas abençoou o azulão da REAL RACING, com o tempo de 1'37.636, que o coloca na pole definitiva para os 300km de Fuji. Largam atrás do KEIHIN NSX o #23 MOTUL GT-R, o #8 ARTA NSX e o #100 RAYBRIG NSX. Alegria total pro pessoal da Honda.
Na GT300, o mais rápido no Q1 foi o CR-Z GT, mais precisamente o ARTA #55, seguido pelo outro CR-Z da classe (#0 MUGEN CR-Z GT). O #88 ManePa Gallardo GT3 vencedor de SUGO, não passou além dos 1'40.376 e logo foi eliminado, ficando entre os últimos no ranking.

No Q2, domínio total do PRIUS GT da apr, até que o carro mais rápido nos treinos livres (#61 SUBARU BRZ R&D SPORT) decidiu quem largaria na primeira posição logo no fim da classificatória, e tomou a pole do carro híbrido mais famoso do mundo. O top 3 da GT300 pro grid de Fuji é inteiramente japonês: BRZ, PRIUS GT e CR-Z GT.

A corrida começa hoje, de sábado pra domingo, às 3h00 da manhã daqui do Brasil, e você pode acompanhar comigo clicando aqui.