Infelizmente não deu para os nipônicos em Le Mans. Mais uma vez, a Toyota, que antes dessa corrida tinha acumulado um total de quatro pódios na história das 24 Horas de Le Mans, teve como melhor resultado esse ano a terceira posição geral com o TS040 #8 – tal posição herdada pelos problemas do Porsche 919 Hybrid em seus dois chassis. Uma pena para a Porsche também.
Mesmo lamentando, é coisa de corrida e mais que isso, são 24 horas e tudo pode acontecer. Então, ao invés de chorar a perda do Toyota #7, que liderou metade da corrida, vamos ver como foi em resumo o desempenho dos Toyota TS040 Hybrid nesta edição de Le Mans nesta galeria shuffle.
(Atenção: as fotos podem ser meramente ilustrativas. Logo, algumas não coincidem com a real situação escrita.).
(Atenção: as fotos podem ser meramente ilustrativas. Logo, algumas não coincidem com a real situação escrita.).
Na primeira hora da corrida, Alexander Wurz, que iniciou a corrida a bordo do Toyota TS040 pole, consideravelmente se distanciou dos rivais da Audi e Porsche. O TS040 #8, que no momento estava a bordo Nicolas Lapierre, também veio em um ritmo muito forte, mas teve que aturar o Audi R18 #3 e #4, sobrando, também, uma escapada de pista. A Porsche foi colocada no bolso, até então.
Pouco mais de duas horas eis que surge o primeiro de alguns dos acidentes assustadores da corrida. Na ocasião, de repente, a pista é coberta pela chuva, que caiu rapidamente no circuito e comprometeu as condições de La Sarthe. O resultado você vê acima. Toyota #8, desgovernado na Hunaudières, rodou e acertou em cheio a mureta da reta. Para piorar a situação, o acidente ainda teve como coadjuvante uma das Ferrari 458 Italia da recheada AF Corse que, desviando de um possível contato com o Toyota, acertou em cheio o Audi R18 #3 de Marco Bonanomi. Somente o Toyota TS040 conseguiu escapar e foi direto para os pits para consertar as avarias – voltando nove voltas depois. O acidente envolvendo Audi, Toyota e Ferrari teve intervenção do Safety Car.
Enquanto a chuva dá uma trégua de pouquíssimos minutos, o safety sai, mas volta novamente ao circuito depois que o dilúvio aumenta de nível, deixando novamente o circuito quase alagado, por pelo menos mais alguns longos minutos. Tal situação fez de vítima um dos carros da LMP2, o Oreca 03 #48 da Murphy Prototypes, que bateu na primeira perna da Hunaudières, envolvendo também outro LMP2, o Zytek Z11SN da Greaves. O Toyota #7 continua liderando até aqui.
A quarta hora passa a ser um pouco mais interessante que as anteriores, pois o Toyota #7, após a pista se secar um pouco e algumas paradas, teve que entrosar com o Porsche #20, que veio de um ritmo invejável do pelotão atrás. A maior estratégia da Porsche era de fazer menos paradas que os concorrentes, e isso, no momento, deu certo. Mas não se prevaleceu durante a 5ª hora, onde voltou para a terceira posição, brigando com o Audi #1, que tinha Di Grassi a bordo.
A sexta hora, no Toyota líder, passa a ser guiada pelo japonês Kazuki Nakajima. O carro prosseguiu firme e forte, abrindo mais a distância entre ele e os dois últimos colocados. A Porsche continuou batalhando pelo segundo lugar contra a Audi. Tirando as disputas que teve na LMP2 e GTE Pro, é só isso.
Já a sétima hora de corrida beneficia a Toyota, quando o Porsche #20 de Brendon Hartley teve problemas no carro, parando logo na Arnage, passando então dois longos minutos tentando retirar o carro dali, o que conseguiu, mas perdendo então 1 volta de vantagem para o Toyota #7, líder, constante e ainda com Nakajima a bordo. A oitava hora e a nona não muda tanto. O Japão, no momento, comemora o desempenho promissor do Toyota TS040 #7.
Sem muitas diferenças na hora 10 e 11 fora a troca de pilotos (de Nakajima para Sarrazin, de Sarrazin para Wurz, novamente para Nakajima), o drama surge a partir da hora 13, onde, tranquilamente Kazuki Nakajima vinha com o #7 pela Arnage, almejando mais uma volta a cerca de 2 minutos de distância do Audi de Lucas Di Grassi, o pior aconteceu: misteriosamente o sinal perde o Toyota TS040 no caminho da Arnage à Porsche Curves.
Por muito tempo, não sei ao certo, mas cerca de 30 ou 40 minutos. Não lembro ao certo, mas ninguém sabia o que aconteceu com o TS040 que vinha na liderança naquele momento. O meu último relato foi de ter visto ele contornar a Arnage, mas depois desacelerou e o onboard sumiu. Jornalistas pautaram a situação do carro com uma possível falha elétrica. E foi o que aconteceu, confirmado minutos depois. Para o azar da Toyota se aflorar ainda mais, o carro parou longe dos pits, o que antecipou a desistência do carro continuar a campanha. Restou ao #8, tentar aproximar-se dos novos líderes: o Audi #1 e Audi #2, mesmo estando a 8 voltas atrás.
Por volta do amanhecer "lemanstico", o Toyota #8 de Buemi, Davidson e Lapierre conteve-se na quinta posição geral, 8 ainda, atrás dos Audi líderes e dos Porsche. O curioso é que houveram problemas de gestão eletrônica para um dos Audi, o #1 do Di Grassi. Este não teve outra opção a não ser ficar na garagem até que consertem suas avarias. Antes disso, o Audi #2, dos vencedores da corrida (Treluyer, Fassler e Lotterer) precisou trocar o turbo, perdendo um bom tempo na garagem tanto quanto o Audi #1, na ocasião, fazendo assim o Porsche 919 #20 de líder no momento.
Com o andar da carruagem o Toyota #8 se aproximou, mas teve esperar um pouco mais até que chegasse próximo a possibilidade de pódio. Foi beneficiado nas horas finais pelos problemas do Porsche #14, que já vinha apresentando suspeitas de falhas mecânicas, e, surpreendentemente, o Porsche #20, que mesmo aguentando tamanha pressão do Audi #2, foi superado e logo, perto do fim, teve que ir para a garagem por, também problemas mecânicos. Ruim para a Porsche e Toyota, então favoritas logo no início da corrida, não?
Pode não pegar bem para a Porsche ter voltado e ter tido um resultado desastroso desses, mas só pela sua volta já vale o esforço (com direito a uma volta do Porsche #14, que esperou a última volta para dar um passeio simbólico). Com esse resultado, a Toyota fisgou a terceira posição geral, o que não era nem seu objetivo – toda a concentração estava no carro #7, que almejava vitória. Mas... Fica para 2015!
A Toyota subiu no pódio geral em 1992, 1994, 1999, 2013 e esse ano – sendo as quatro primeiras em segundo lugar, é mole? Os japoneses ainda aguardam o fim do dilema que os assombram, inclusive, esse é o tema do próximo post.
Um bom começo de segunda a todos.
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