domingo, 8 de junho de 2014

Galeria da Semana – A Nissan nas 24 Horas de Le Mans antes do GT-R LM NISMO

Uma nova série periódica aqui do blog, a Galeria da Semana, traz alguns instantâneos da semana (não diga!) ou achados do fundo histórico, sempre relacionado ao automobilismo japonês e afins.

Aproveitando a notícia da volta da Nissan às 24 Horas de Le Mans a partir de 2015, hoje, começo com a galeria de todos os carros da Nissan em todas as edições das 24 Horas de Le Mans. Confiram essa passagem histórica da marca mais carismática do Japão!

Nissan R85V - A máquina da Nissan para as 24 Horas de Le Mans de 1986, a primeira de muitas. O  chassi foi feito pela March movido por um Nissan V6 de 3 litros. Dois carros competiram na edição com osnumerais #32 e #23. O da foto é o #32, classificado em 16° sob as mãos de James Weaver, Takao Wada e o lendário Masahiro Hasemi. O #23 não conseguiu terminar a edição.
Nissan R87E - Com muitas refinações na aerodinâmica, ainda em parceria com a March, o R87E visava um melhor resultado que o antecessor, tanto na motorização, que de V6 passou para um V8 3.3L, mas na segunda edição participativa da Nissan, os três R87E inscritos abandonaram. O melhor colocado foi o da foto, o #23 do mito Kazuyoshi Hoshino, Kenji Takahashi e Keiji Matsumoto.
Nissan R88C - Novamente em parceria com a March, a Nissan desfrutou do seu promissor R88C nas 24 Horas de Le Mans de 1988. Com um motor de capacidade cúbica reduzida pra 3.0L, dois deles foram alinhados pelo time oficial e mais dois para uma equipe privada. O melhor colocado foi o #32, em 14º, num carro alinhado somente por estrangeiros. O #23 da foto não conseguiu terminar a prova.
Nissan R89C - Em 1989, sai a March como fornecedora dos chassis para a entrada da Lola. E o resultado foi este belo protótipo de baixíssimo arrasto aerodinâmico, seguindo a tendência da roda traseira ser tapada pela carroceria para melhorar o fluxo de ar. Este carro, apesar de belo, não teve os três chassis terminados na corrida. O melhor deles foi o #25 dos estrangeiros Julian Bailey/Mark Blundell/Martin Donnelly. O carro, apesar do resultado, é jogável nos jogos da série Gran Turismo.
Nissan R90CK - Pela primeira vez na história, uma equipe e um carro japonês tornou-se pole position da épica 24 Horas de Le Mans. Em 1990, o R90CK da foto com 3’27.020, mas não foi capaz de terminar a corrida no pódio e abandonou. Um total de sete (!) Nissan foram vistos nessa corrida. O da foto é da equipe oficial. 
Nissan R90CP - Ainda em 1990, na mesma corrida, dos sete deles, o melhor Nissan terminado foi o R90CP #23, a atualização mais radical do antecessor. Um trio de lendas pilotou esse carro: Masahiro Hasemi, Kazyuoshi Hoshino e Toshio Suzuki, até então rivais em outras ocasiões, como no JTC.
Nissan 300ZX-GTS - Entre 1990 e 1993, a Nissan aproveitou o que tinha e foi se aventurar na sua terra natal. Em 92, ela venceu as 24 Horas de Daytona com o R91CP. Em 94, o mesmo carro da foto, em outra numeração, foi também vencedor da clássica prova estadunidense. Depois de três anos ausente das 24 Horas de Le Mans, devido ao fim do Grupo C e, principalmente, a redução de custos. a Nissan foi vista novamente por lá em 1994 com o 300ZX, inscrito pela americana Clayton Cunningham Racing e conseguiu sua vitória na classe GTS e 5º na geral. O ano de 1994 foi o último dos Grupo C em Le Mans. O carro é jogável no Gran Turismo 2.
NISMO GT-R LM  - Uma lenda das ruas (e das pistas de turismo) decidiu se aventurar nas 24 Horas de Le Mans pela primeira vez. O GT-R LM foi a aposta da Nissan nas próximas duas edições. Derivado do motor de rua (o RB26DETT), deslocando 2.8 litros de capacidade, em 1995, foram vistos um total de dois deles. O da foto, o #23, não conseguiu terminar, ficando a cargo do #22, com decoração azul e vermelho, que tinha como pilotos os japoneses Hideo Fukuyama, Masahiko Kondo e Shunji Kasuya e que acabou na 10ª posição e 5º na classe GT1. A corrida foi vencida por um GTR, mas o da McLaren. :D
Um ano depois e com uma atualização visível na asa traseira, o GT-R foi à Le Mans mais uma vez. Em 1996, novamente com dois carros, o Nissan GT-R fez a sua corrida de despedida na clássica. O melhor resultado foi do #23 da foto, pilotado pelos mesmos lendários que pilotaram em 1990 a usina chamada R90CP, em 15º na geral. Foi a última vez do GT-R em Le Mans (até ser confirmado que o próximo LMP1 da Nissan, se chamará GT-R).
Nissan R390 GT1 R1 - Aproveitando a brecha do regulamento exercido da classe GT1, sob chancela da FIA, a Nissan investiu pesado no próximo carro da árdua prova francesa. No ano de 1997, seguindo a tendência de várias equipes desta classe, que estavam construindo protótipos na GT1 desde que foi dito que poderia participar "qualquer carro que tivesse uma única versão de rua patenteada", foi apresentado então o famoso Nissan R390 GT1, construído em parceria com a fanfarrona TWR de Tom Walkinshaw, anteriormente parceiros da Jaguar na edição da vitória em 1988 e mais tarde chefe da Arrows F1, voltando aos tempos de Grupo C – o motor é uma variante dos antigos motores que foram usados nos carros da montadora nas edições de 1990 pra baixo. O resultado do R390 R1 não foi lá aquelas coisas: só o #23 do Hoshino, Erik Comas e Masahiko Kageyama conseguiu terminar a corrida em 12º.
Nissan R390 GT1 R2 - A atualização de 1998 aumentou o tamanho da saia traseira, pra melhorar o arrasto, e dessa vez, quatro R390 GT1 foram vistos na edição vencida então pela Porsche. Três deles eram os novíssimos R2, enquanto que um, o #33, era um R1 participante da prova de 1997. O ano de 1998 ficou para a história da Nissan não só como sua melhor performance por ter terminado em 3º lugar com o #32, mas também por ele ser pilotado 100% por pilotos japoneses! Aguri Suzuki, o mestre Hoshino e seu comparsa  Kageyama se lembram deste dia até hoje. Os outros R390 terminaram em 5º, 7º e 10º.
Nissan R391 - A classe GT1 foi banida das 24 Horas de Le Mans depois da brecha explorada por quase todas as equipes em 1998. No lugar foi posta uma classe conhecida como LM-GTP, para protótipos fechados, e a LMP, que era mantida no lugar do fadado Grupo C. Com isso, restou para a Nissan optar por uma das duas classes. Em 1999, dois Nissan R391, projetados em conjunto com a G-Force Tecnologies, além de estabelecer um laço com a Courage Competition, foram inscritos na LMP juntos de um Courage C52 comprado pela montadora. Foi uma corrida para esquecer: o R391 #23 bateu na classificação e não teve tempo de ser restaurado. O R391 #22 (foto), não conseguiu terminar a corrida e o único carro inscrito pela montadora, o Courage C52, terminou numa distante 8ª colocação. No fim do ano, a Nissan foi vista numa corrida promocional do ACO em Fuji, almejando vaga nas 24 Horas de Le Mans de 2000. Apesar e ter vencido os 1000km, a Nissan vivia um período de crise e optou por não ir à edição da virada, reduzindo drasticamente seu programa desportivo.

Ela voltaria para Le Mans como fornecedora de motores em 2005, porém, sem sucesso, reivindicou e só voltou em 2012. Todos os carros de 1994 à 1998 são jogáveis na série Gran Turismo e em outros jogos. O R391 é jogável apenas no clássico Le Mans 24 Hours, jogo que homenageia diretamente as 24 Horas de Le Mans.

Nenhum comentário:

Postar um comentário